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"As ruas são incessantes construtoras de sentidos. Entender a rua, perceber suas gramáticas não normativas, atentar para as miudezas e desimportâncias que tecem o cotidiano de maneiras afetuosas, gentis, tensas, intensas, violentas, é de certa forma mergulhar naquilo que existe de mais frágil – e profundo – na experiência humana: o desafio de inventar o tempo inteiro, e onde menos se espera, a vida."