Mergulhar em diários é um jeito riquíssimo de entender mais a obra do autor mas de ir além: compreendendo sua intimidade, vemos como seu estilo se forma e o que há dele em cada personagem. Estes de Kafka certamente são uma obra-prima.
Mergulhar em diários é um jeito riquíssimo de entender mais a obra do autor mas de ir além: compreendendo sua intimidade, vemos como seu estilo se forma e o que há dele em cada personagem. Estes de Kafka certamente são uma obra-prima.
Selo
Todavia
SOBRE O LIVRO
Tudo que não é literatura me entedia e eu detesto", anota Franz Kafka em certo dia de 1913. A essa altura, o advogado judeu era funcionário de um instituto de seguros trabalhistas e começava a receber uma modesta atenção como o autor da novela O veredicto. Mas a glória nas letras seria póstuma e por obra de seu amigo Max Brod. E tudo para Kafka era metabolizado em literatura. A prova disso são estes Diários, um dos monumentos literários do século XX traduzido integralmente pela primeira vez no Brasil por Sergio Tellaroli. São páginas assombrosas. Constituem aquilo que o escritor argentino Ricardo Piglia qualificou como o "laboratório do escritor": o espaço em que o autor de A metamorfose experimentava e afiava a sua escrita em meio a comentários sobre sua época, suas leituras, suas decepções amorosas, rascunhos de cartas, relatos de sonhos, começos encantadores de obras literárias jamais concluídas, bem como diversas histórias acabadas. Datados de 1909 a 1923, os Diários abrem uma porta não apenas para o homem de carne e osso que foi Franz Kafka.
Mergulhar em diários é um jeito riquíssimo de entender mais a obra do autor mas de ir além: compreendendo sua intimidade, vemos como seu estilo se forma e o que há dele em cada personagem. Estes de Kafka certamente são uma obra-prima.