Luto e melancolia contempla um artigo de Freud que se tornou referência obrigatória para todos os que se interessam pelo tema onipresente da depressão e dos transtornos ditos bipolares. Escrito em 1915, Luto e melancolia investiga os dois estados que dão título ao trabalho, ressaltando o aspecto natural do primeiro e o aspecto complexo e enigmático que reveste o segundo. Além disso, o artigo integra – com “As pulsões e seus destinos”, “O recalque”, “O inconsciente” e “Complemento metapsicológico à teoria dos sonhos”– a assim chamada “Metapsicologia”, conjunto de artigos escritos por Freud em tempo recorde, um seguido do outro, destinados a fazer uma descrição exaustiva dos processos mentais, registrando as principais elaborações da teoria psicanalítica de até então. Nas depressões contemporâneas, de acordo com a denominação da autora, observa-se um certo esvaziamento subjetivo e uma sensação de perda de sentido nas iniciativas comuns da vida. Informada por teorias da própria psicanálise e por diversas contribuições da sociologia, Sandra Edler sugere que nosso tempo é vítima de uma inflação do imaginário, um tempo narcisista, de paixão pela própria imagem, no qual o aceno da ciência à possibilidade de fabricação de clones seria a expressão extrema.